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A escrita nos desperta muitas emoções, tanto boas quanto ruins, e acredito que o que faz um bom escritor é permitir que essas emoções sejam sentidas.
Eu fiz aula de escrita criativa com Fernanda Rodrigues, autora dos livros A intermitência das Coisas e Rasgos Dentro da Minha Própria Pele, e confesso que foi difícil para mim porque além da distração intensa que eu tenho, eu tive que lidar com muitas emoções e desconsiderar meus próprios sentimentos negativos e síndrome de impostor. Em janeiro desse ano eu comecei a faculdade de Comunicação Técnica e Escrita Profissional, então, peguei muita matéria de escrita técnica e também de estudos medievais junto com a história do alfabeto para poder me aperfeiçoar no que estou caminhando para fazer no futuro. Esse semestre, eu peguei uma matéria de Escrita Criativa e eu odiei, até comentei com uma amiga também escritora, a Lívia Brazil, disse que percebi que eu amo escrita acadêmica e odeio escrita criativa.
Bom, eu não sei se isso é verdade, acredito que o meu medo de não fazer algo perfeito me coloca em uma posição de detestar algo quando que eu sei que no fundo eu não detesto. Eu amo ler livros, filosofar sobre o que foi escrito naquele livro e acima de tudo eu amo escrever poesia. Pensei que poderia ser o professor, apesar dele ser incrível, acolhedor e totalmente apaixonado por escrita, mas identifiquei que era apenas eu tentando me auto sabotar mais uma vez.
Na aula da semana passada, o professor nos deu uma folha com duas frases para desenvolver uma história, lógico que eu entrei em pânico e achei que ficaria horrível, mas no final das contas dois colegas de classe choraram com a curta história que eu escrevi que era sobre os meus pets. Eu também chorei enquanto escrevia aquelas palavras, mas tentei segurar ao máximo porque eu não queria ser a única pessoa chorando dentro da sala de aula. Como eu disse no começo do post, um bom escritor permite que as emoções sejam sentidas.
Encontrar o seu estilo de escrita é o ideal, e para saber se você realmente gosta se permita errar e explorar diferentes gêneros, tom de voz e detalhes. Eu me dei conta que sou quase uma Lana Del Rey, gosto de escrever tudo com bastante melancolia e tudo bem. Se permita errar, escrever em gêneros diferentes, buscar inspirações, pedir ajuda quando precisar e principalmente sentir suas emoções, de uma chance a essa arte linda que é a arte de escrever.
Deixo esse post com uma música que amo e me inspira sempre, até mais!
“No tree can go to heaven,
‘Til its roots touch reach down to hell”
Eu sou a propria melancolia e aproveito esse sentimento para escrever. Acho que a maior diferenca entre nossa escrita, e o fato de eu me permitir colar as coisas pra fora e me libertar delas sem exigir nada de mim mesma.
Me aventurar pelos estilos de escrita e adapta-los pro meu proprio jeito de escrever e divertido. Tenho medo de fazer da escrita uma obrigacao