Foto adquirida no Google Images
Quarta feira eu acordei muito feliz, finalmente consegui sentir um pouco do ar crespo que o outono tem. Só percebi que era um dos meus dias favoritos em relação a temperatura quando fui ao lado de fora levar o meu cachorro para fazer xixi, e percebi as árvores balançando, folhas voando, céu nublado e melancólico, meu favorito!
Os dias aqui andaram bem quentes, me causando desânimo, me fazendo só querer ficar no ar condicionado o dia inteiro. A faculdade voltou, esqueci de comentar, mas tirei 3 dias para ver amigos esse final de semana e na terça. Isso é algo tão simples, mas às vezes, muito distante para mim. Fico imersa em um mundo de trabalho, dever de casa, aulas, e repete, é como se eu tivesse apenas existindo.
Sábado e domingo eu tirei a noite para celebrar mais um ano de vida da minha amiga Bia, que foi a fotógrafa do meu casamento e tirou umas fotos lindas minha e do meu marido no halloween de 2021 com cabeça de abóbora. Eu e a Bia somos muito parecidas, mas ao mesmo tempo muito diferentes. Também vi a Tammy, uma amiga que tem cara de metida, o cabelo loiro impecável, sotaque paranaense, mas um coração gigante, sempre colocando os outros antes dela mesmo.
Na terça, eu vi o meu grupinho da sobrevivência, a Ingrid, Juliana e Emily. Mas porquê grupinho da sobrevivência? Porque elas salvaram a minha vida no final do ano passado e sem elas eu não seria ninguém. Aos demais amigos, por favor, não sintam ciúmes, compartilhei sobre o meu grupinho da sobrevivência porque foi com elas que eu compartilhei os dias de inferno que eu estava vivendo no ano passado de uma forma que eu não compartilhei com mais ninguém além da Kiki. A Kiki é outra história. Ela tá lá do outro lado, bem distante de mim, na Escócia e tem uma vida linda com seu marido e filhos de quatro patas, mas sempre tão perto ouvindo todos os meus problemas, me dando apoio, broncas, carinho e soluções. Ela ouve meus áudios de 13 minutos do Whatsapp e nunca reclamou, por mais complicada, cansativa e repetitiva que a situação fosse.
Um dia eu pretendo escrever um livro com cartas para todas as mulheres que fizeram e fazem parte da minha vida como uma forma de sei lá, às vezes eu sinto que coisas precisam ser verbalizadas ou transmitidas de pensamentos para um papel. Seja usando uma caneta, um computador ou uma máquina de escrever.
Bom, comecei esse post falando do outono, e acabei me distraindo pensando na Bia, que gosta tanto de halloween como eu, acabei pensando no grupinho da sobrevivência porque fomos em um campo de maçãs ontem, quer mais outono do que isso? Também pensei na Kiki, que mora na Escócia, um país que para mim é a cara do outono e tudo que me lembra outono.
Amigos de verdade ficam felizes quando outros amigos teem o apoio que necessitam.
Amizade e feita pra somar.